quinta-feira, 13 de novembro de 2014

domingo, 5 de outubro de 2014

Refletindo estruturas - formação, transformação e desconstrução

No mundo cósmico e também no mundo químico, a formação de estruturas é um fenômeno que demonstra a tendência que as partículas exibem no sentido de se organizarem e ocuparem seus lugares bem definidos no espaço, seja a nível macroscópico ou microscópico. A forma das moléculas, a formação de cristais, o formato esférico dos planetas, por exemplo, são algumas dessas evidências. Assim também na sociedade, o homem tende a formar estruturas sociais que denotam a colocação, a função, a classe social na qual se encaixa cada ser humano.
Na química, quando essas estruturas moleculares deixam de existir para dar lugar a outras, com novas características, outras propriedades, outra combinação atômica, dizemos que houve uma reação química. E esta reação química é sempre acompanhada de uma variação de energia chamada de entalpia.
Na física, mais especificamente na termodinâmica, dizemos que o aumento na desordem de um sistema é acompanhado de um aumento de energia denominado entropia. Nesse contexto, poderíamos dizer que a quebra de estruturas sociais também apresenta um envolvimento energético, um distúrbio, uma instabilidade que leva o homem a refletir a respeito de seu novo comportamento diante da transformação, diante do novo, à frente de uma situação nunca antes experimentada.
Somos seres sociais e nesta condição é necessário que saibamos como viver e conviver com estas transformações que fatalmente interferem nas nossas relações pessoais, nas relações de trabalho, de amizade, de família. É sob este prisma que vamos considerar a corrupção – como um agente transformador, um destruidor de estruturas, um fator capaz de alterar o comportamento daqueles que de um modo ou de outro estariam envolvidos em atos de corrupção. Por fim, poderíamos ainda relacionar a corrupção como um fator entrópico, um fenômeno que promove a desordem, um acelerador do caos, um catalisador das desavenças, um reagente químico de alta periculosidade.

Dieter Flavius Rothenburg

terça-feira, 5 de agosto de 2014

domingo, 1 de junho de 2014

A Lei Moral, segundo Immanuel Kant

Duas coisas dão ao espírito crescente admiração e respeito, veneração sempre renovada quanto com mais frequência e aplicação delas se ocupa a razão: por sobre a minha cabeça, o céu estrelado; e dentro de mim, a lei moral.
Immanuel Kant

Certeza Lógica X Certeza Moral

A certeza moral não se caracteriza pelo rigor da certeza lógica, em nível de demonstração, mas supõe outras fontes de convicção, como a intuição e a fé.

A Polis

A polis ateniense [cidade-república na Grécia Antiga] funcionou sem uma divisão entre governantes e governados e não foi, assim, um Estado, se usarmos esse termo, 9...0, em acordo com as definições tradicionais de formas de governo, isto é, governo de um homem ou monarquia, governo por uns poucos ou oligarquia e governo pela maioria, ou democracia. os cidadãos atenienses, além disso, eram cidadãos apenas na medida em que possuíssem tempo de lazer, em que tivessem aquela liberdade face ao trabalho (...). Não somente em Atenas, mas por toda a Antiguidade e até a idade moderna, aqueles que trabalhavam não eram cidadãos e os que eram cidadãos eram, antes de mais nada, os que não trabalhavam ou que possuíam mais que sua força de trabalho.
Hannah Arendt, in Entre o passado e o futuro.

A política trata da convivência entre diferentes.
Hannah Arendt

Ideologia

Uma ideologia é um complexo de ideias ao qual se atribui verdade não em razão da força interna de convicção que elas possuem, mas por causa do interesse prático, protegido por essas ideias.
Uma ideia é abraçada não em razão de sua verdade e de sua força interna de convicção, mas porque protege, defende e favorece algum interesse próprio.
R.C.Kwant