quarta-feira, 11 de abril de 2012

A Mais-Valia

Como transformar dinheiro em capital (Karl Marx)

Circulação da mercadoria

1. A transformação de mercadoria em dinheiro e a retransformação de dinheiro em mercadoria: vender para comprar

M – D – M

só faz sentido se M1 é diferente de M2.

2. A transformação de dinheiro em mercadoria e a retransformação de mercadoria em dinheiro: comprar para vender

D – M – D

só faz sentido se D1 é menor que D2.

Dinheiro que circula de acordo com o segundo princípio transforma-se em CAPITAL.

 

Exemplos:

1. Vender grãos para comprar roupa. O mesmo dinheiro muda duas vezes o dono. Não há fluxo retorno. O dinheiro é definitivamente gasto.

Variação qualitativa. Mercadorias diferentes.

M – D – M

Processo de troca!

 

2. Comprar algodão por $100 para vender por $110. A mesma mercadoria muda duas vezes o dono. O retorno do dinheiro é o principal motivo.

Variação quantitativa. A diferença entre D1 e D2 somente na quantidade.

D – M – D

Processo de troca?

 

Capital: retorno de dinheiro, variação quantitativa.

D1 – M – D2,                            D2 = D1 + ∆D

Formação de Capital a partir da mais-valia

 

Comentários e Observações

1. A simples circulação de mercadorias – vender para comprar – serve a um fim que se encontra fora do processo da circulação: adquirir bens materiais para suprir necesidades.

2. A circulação de dinheiro na condição de capital serve a ele mesmo (o capital), não tem vínculo com necessidades humanas.

A variação/valorização quantitativa do dinheiro – e assim forma-se o capital – não pode se realizar a partir do mesmo, pois, como meio de compra, ele só representa o valor da mercadoria; a valorização está vinculada à mercadoria, ao trabalho.

3. A mercadoria tem dois valores: Valor Real e Valor de Troca. A diferença (∆D) entre estes dois valores é a mais-valia.

4. Compra e venda da força de trabalho

Valor de Uso X Valor de Troca

Valor de uso = salário (mão-de-obra)

Valor de troca = preço (mão-de-obra + mais-valia embutida no preço)

 

Componentes de Valor

C = Capital constante = materiais e máquinas (tecnologia)

V = Capital variável = força de trabalho

S = mais-valia

o produto:

C + V + S = Valor Total

 

“Toda riqueza vem do trabalho”. Adam Smith

“Toda riqueza vem do trabalho”. Karl Marx

Apesar das posições ideológicas opostas, Marx e Smith chegam à mesma conclusão no que diz respeito ao significado do trabalho.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Estruturas Sociais

Solidariedade Mecânica e Solidariedade Orgânica – Durkheim
  • Família
  • Clã
  • Tribo
  • Grupo
  • Time
  • Equipe
  • Bando
  • Gangue
  • Quadrilha
  • Massa
  • Multidão
  • Coletivo
“O coletivo é um organismo social vivo e, por isso mesmo, possui órgãos, atribuições, responsabilidades, correlações e interdependência entre as partes. Se tudo isso não existe, não há coletivo, há uma simples multidão, uma concentração de indivíduos.”
Anton Semiónovitch Makarenko

Processos Sociais

  • aculturação
  • assimilação
  • acomodação
  • adaptação
  • competição
  • controle social
  • conflito
  • estratificação social
  • mobilidade social

Fatores de socialização

  • Fatores primários: família, escola
  • Fatores secundários: trabalho, empresa, relações trabalhistas, associações, clubes, religião, filantropia, esporte, …

Conceitos Básicos – TGE III

Nação é uma realidade sociológica, o Estado é uma realidade jurídica.

O conceito de Nação é essencialmente de ordem subjetiva, enquanto o conceito de Estado é necessariamente objetivo.

Formação nacional:

  • fatores naturais = território, etnia, idioma
  • fatores históricos = tradição, costumes, religião, leis.
  • fatores psicológicos = aspirações, consciência (nacional, histórica, poítica, …)

População: conceito aritmético, quantitativo, demográfico = total de indivíduos

Povo: sentido genérico/amplo = equivale à população

              sentido estrito = condiz com o conceito de Nação.

Raça (etnia): unidade bio-antropológica

  ≠

Nação: unidade sócio-psíquica

Elementos constitutivos do Estado: – população

                                                                        – território

                                                                        – governo

Teoria Tridimensional do Estado–TGE II

O Estado como realidade sócio-ética-jurídica

TGE - 02

a – o aspecto SOCIOLÓGICO = estuda a organização estatal como fato social.

b – o aspecto FILOSÓFICO ou AXIOLÓGICO = estuda o Estado como fenômeno político-cultural.

c – o aspecto JURÍDICO = estuda o Estado como órgão central de positivação do Direito.

Observação: “O objeto do Direito nunca é o Direito, e sim, o poder. Direito é crítica ao poder.” (Peter Noll)

Teoria Geral do Estado–TGE I

TGE - 01

Teoria Geral do Estado – Teoria social do Estado

                                                      – Teoria política do Estado

                                                      – Teoria jurídica do Estado

  • Analisa a gênese e o desenvolvimento do fenômeno estatal em função dos fatores históricos, sociológicos e econômicos.
  • Justifica as finalidades do governo em razão dos diversos sistemas de cultura
  • Estuda a estrutura, a personificação e o ordenamento legal do Estado.