São Tomás, (...), demonstra a existência de Deus de cinco maneiras, que são as famosas cinco vias:
1ª. – Pelo movimento: existe o movimento; tudo o que se move é movido por outro motor; se um motor se move; precisará de outro para o fazer mover, e assim até o infinito. Isto é impossível porque não haveria nenhum motor se não houvesse um motor primeiro, e este motor primeiro é Deus.
2ª. – Pela causa eficiente: há uma série de causas eficientes; tem de haver uma primeira causa, porque se não houvesse, não haveria nenhum efeito, e essa causa primeira é Deus.
3ª. – Pelo possível e pelo necessário: a geração ou corrupção mostram que há entes que podem ser ou não ser; esses entes houve um tempo em que não foram, e terá havido um tempo em que não houve nada, e nada havia chegado a ser. Tem de haver um ente necessário por si mesmo, e esse ente chama-se Deus.
4ª. – Pelos graus de perfeição: há diversos graus de todas as perfeições, que se aproximam mais ou menos das perfeições absolutas, e por isso são graus dessas coisas absolutas; há, piis, um ente que é sumamente perfeito, que é o ente supremo; esse ente é causa de toda perfeição e de todo o ser e chama-se Deus.
5ª. – Pelo governo do mundo: os entes inteligentes tendem para uma ordem, não por acaso, mas pela inteligência que os dirige; há um ente inteligente que ordena a natureza e a impele para o ser fim. Esse ente é Deus.
Marias, Julian. História da filosofia. 8.ed. Porto, Edições Souza & Almeida, 1987, p.177-178.
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