segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Concepções Éticas

Moral Grega

“O sábio é o único capaz de se soltar das amarras que o obrigam a ver apenas sombras e, dirigindo-se para fora, contempla o sol”.(Idéia do Bem)

(Platão, A República)

Alcançar o Bem; buscar o Bem –> Capacidade de compreender bem.

Virtude: disposição permanente de querer o Bem.

Virtude –> Vir –> Virtus: poder, potência, possibilidade de passar ao ato.

(Aristóteles, Ética)

Idade Média

Teocentrismo –> os valores encontram-se em Deus.

Concepção ética fundada nos valores religiosos e, por sua vez, fundados na esperança e na fé.

Homem Moral = Homem temente a Deus.

Iluminismo

Ser moral e ser religioso não são pólos inseparáveis –> um homem ateu pode ser um homem moral, já que os valores encontram-se no próprio homem. –> Antropocentrismo

O homem deve agir à luz da razão. Não faz sentido agir bem para:

  • ser feliz
  • evitar a dor
  • alcançar o céu ou
  • escapar da punição divina

Só faz sentido agir bem se a vontade humana for regida por um “imperativo categórico”.

O imperativo categórico é incondicionado, portanto absoluto e livre.

X

A autonomia da razão para legislar supõe a liberdade e o dever.

“Age de tal modo que a máxima de tua ação possa sempre valer como princípio universal de conduta”.

(Kant)

(“A máxima é o princípio subjetivo, com base no qual um indivíduo orienta sua conduta”).

Exemplo: não roubar

Roubar = aceitar o enriquecimento ilícito

elevando a máxima pessoal a nível universal, significa: todos podem roubar. Se todos podem roubar, não há como manter a posse daquilo que foi roubado. Conclusão: roubar é irracional.

(Immanuel Kant, Crítica da Razão Prática)

Materialismo Dialético

Karl Marx

O ser social determina a consciência; o modo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual.

As expressões da consciência humana – inclusive a moral – são o reflexo das relações que os homens estabelecem na sociedade para produzir sua existência. Portanto, a moral muda conforme se alteram os modos de produção. –> não há valores universais.

Ao contrário, onde existe sociedade dividida em classes com interesses antagônicos, a moral da classe dominante predomina e torna-se instrumento ideológico.

Existencialismo

Jean-Paul Sartre

Cada homem é responsável por toda a humanidade –> solidariedade.

O conteúdo da moral é sempre concreto e, por conseguinte, previsível; há sempre invenção. A única coisa que conta é saber se a invenção que se faz, se faz em nome da liberdade.

->não há moral universal. Não é possível a elaboração de uma ética que não sucumbisse ao individualismo e ao relativismo, já que cada homem é responsável por toda a humanidade.

A essência precede a existência –> o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e só depois se define.

Não há natureza humana.

Não há Deus para conceber.

Psicanálise

Sigmund Freud

O Inconsciente: mundo oculto da vida das pulsões, dos desejos, da energia primária da sexualidade e agressividade.

Raiz do comportamento humano.

Concepção do homem concreto.

Compreensão de que o reconhecimento e o controle (não a repressão) dos desejos é indispensável para a realização da vida moral num mundo adulto.

Escola de Frankfurt

Adorno, Horkheimer, Benjamin, Fromm, Marcuse, Habermas

Premissa: a Razão não ilumina.

Razão –> razão instrumental –> separa as coisas para poder dominá-las –>

sujeito – objeto

corpo – alma

eu – mundo

natureza – cultura

paixões, emoções, sentidos, imaginação X Pensamento

Proposta: abordagem dialética

Positivismo

(Cientificismo) Levy-Bruhl

Crítica: a idéia universal do homem é pobre e artificial, pois não abre ou favorece a evolução dos conhecimentos.

Pressupor uma natureza humana falseia toda a reflexão sobre a moralidade.

Conhecer o homem e suas culturas –> observar e comparar.

A unidade mental (natureza humana) provavelmente vai aparecer e será definida a posteriori. Portanto, será diferente daquela definida a priori.

a posteriori                                 a priori

o SER constatado             X             o dever SER

(Sociologismo)                                   (Metafísica)

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