Moral Grega
“O sábio é o único capaz de se soltar das amarras que o obrigam a ver apenas sombras e, dirigindo-se para fora, contempla o sol”.(Idéia do Bem)
(Platão, A República)
Alcançar o Bem; buscar o Bem –> Capacidade de compreender bem.
Virtude: disposição permanente de querer o Bem.
Virtude –> Vir –> Virtus: poder, potência, possibilidade de passar ao ato.
(Aristóteles, Ética)
Idade Média
Teocentrismo –> os valores encontram-se em Deus.
Concepção ética fundada nos valores religiosos e, por sua vez, fundados na esperança e na fé.
Homem Moral = Homem temente a Deus.
Iluminismo
Ser moral e ser religioso não são pólos inseparáveis –> um homem ateu pode ser um homem moral, já que os valores encontram-se no próprio homem. –> Antropocentrismo
O homem deve agir à luz da razão. Não faz sentido agir bem para:
- ser feliz
- evitar a dor
- alcançar o céu ou
- escapar da punição divina
Só faz sentido agir bem se a vontade humana for regida por um “imperativo categórico”.
O imperativo categórico é incondicionado, portanto absoluto e livre.
X
A autonomia da razão para legislar supõe a liberdade e o dever.
“Age de tal modo que a máxima de tua ação possa sempre valer como princípio universal de conduta”.
(Kant)
(“A máxima é o princípio subjetivo, com base no qual um indivíduo orienta sua conduta”).
Exemplo: não roubar
Roubar = aceitar o enriquecimento ilícito
elevando a máxima pessoal a nível universal, significa: todos podem roubar. Se todos podem roubar, não há como manter a posse daquilo que foi roubado. Conclusão: roubar é irracional.
(Immanuel Kant, Crítica da Razão Prática)
Materialismo Dialético
Karl Marx
O ser social determina a consciência; o modo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual.
As expressões da consciência humana – inclusive a moral – são o reflexo das relações que os homens estabelecem na sociedade para produzir sua existência. Portanto, a moral muda conforme se alteram os modos de produção. –> não há valores universais.
Ao contrário, onde existe sociedade dividida em classes com interesses antagônicos, a moral da classe dominante predomina e torna-se instrumento ideológico.
Existencialismo
Jean-Paul Sartre
Cada homem é responsável por toda a humanidade –> solidariedade.
O conteúdo da moral é sempre concreto e, por conseguinte, previsível; há sempre invenção. A única coisa que conta é saber se a invenção que se faz, se faz em nome da liberdade.
->não há moral universal. Não é possível a elaboração de uma ética que não sucumbisse ao individualismo e ao relativismo, já que cada homem é responsável por toda a humanidade.
A essência precede a existência –> o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e só depois se define.
Não há natureza humana.
Não há Deus para conceber.
Psicanálise
Sigmund Freud
O Inconsciente: mundo oculto da vida das pulsões, dos desejos, da energia primária da sexualidade e agressividade.
Raiz do comportamento humano.
Concepção do homem concreto.
Compreensão de que o reconhecimento e o controle (não a repressão) dos desejos é indispensável para a realização da vida moral num mundo adulto.
Escola de Frankfurt
Adorno, Horkheimer, Benjamin, Fromm, Marcuse, Habermas
Premissa: a Razão não ilumina.
Razão –> razão instrumental –> separa as coisas para poder dominá-las –>
sujeito – objeto
corpo – alma
eu – mundo
natureza – cultura
paixões, emoções, sentidos, imaginação X Pensamento
Proposta: abordagem dialética
Positivismo
(Cientificismo) Levy-Bruhl
Crítica: a idéia universal do homem é pobre e artificial, pois não abre ou favorece a evolução dos conhecimentos.
Pressupor uma natureza humana falseia toda a reflexão sobre a moralidade.
Conhecer o homem e suas culturas –> observar e comparar.
A unidade mental (natureza humana) provavelmente vai aparecer e será definida a posteriori. Portanto, será diferente daquela definida a priori.
a posteriori a priori
o SER constatado X o dever SER
(Sociologismo) (Metafísica)
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